Ele caminha pela calçada
E lembra-se do tempo em que a tinha.
Queria insistir mas não podia
Queria pedir uma latinha
De coca-cola e beber
O que ela tinha pra lhe oferecer
Mas não queria ser o chato que iria
Incomodar aquele espetáculo.
E, ao mesmo tempo em que não queria
Sentia um querer desgraçado
De passar mais uma noite com aquela gata ao seu lado.
Tentou chamá-la para sair,
E assim o fez em várias oportunidades.
Mas ela esnobava-o nas ruas da cidade
Assim mesmo, na maldade
Dava-lhe corda e até o entusiasmava,
Mas quando ele pensava que conseguiria,
A menina era escorregadia
E cortava-lhe os sonhos
Como se de posse de uma navalha.
Aquela mulher é uma navalha.
Corta todos os sonhos da rapaziada.
Não havia quem resistisse ao seu charme
De mulher que não toma partido
Não havia um homem que tivesse nascido
Pra ela.
É uma mulher que manda e desmanda
Uma mulher que espana, mas não espalha
Mulher que geme, mas não gralha
Mulher que sabe o que é amar
Mas não sabe o que é ser amada.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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será ela uma mulher que tem medo do amor
ResponderExcluirou deixar-se amar será sua forma de amor?
uma lua, um peixe grelhado, um mergulho ...
abraço
Fica de fora do mundo e assiste o espetáculo dos amores perdidos. É uma mulher.
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